segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

À Descoberta


Já há algum tempo, ou melhor há muito muito tempo, que um pensamento, uma ideia me assombra a mente. Uma ideia que não desaparece e que se mantém aqui constantemente num cantinho da minha massa cinzenta. Por mais que queira, não consigo fazê-lo desaparecer. Talvez por ser um dos “meus maiores” objectivos pessoais ou um dos meus maiores sonhos a realizar. Talvez por ser uma das únicas maneiras de fazer com que eu me encontre comigo próprio, que eu reflita, que eu me “equilibre”, que arranje um rumo prá vida como eu quero..! Este pensamento perturba-me de tal maneira que às vezes só penso em seguir em frente.
O pensamento tem a haver claro com bicicleta. Era de estranhar se não o fosse!
Dias atrás de dias, acordo sempre com uma vontade enorme de pegar na bicla e esquecer, largar tudo o que tenho agora, e ir à descoberta do nosso país. PORTUGAL!! Partir sem destino, quer dizer..claro que tinha um destino. Talvez o ponto mais a sul, ou melhor..sudoeste (Sagres) de Portugal. Talvez o ponto mais interior sul este, sudeste (Vila Real de Santo António)! Talvez nem consiga lá chegar..mas pronto! Ao menos fica aqui a ideia. O sonho!! É o mais importante.
Mas era uma viagem sem tempo obrigatório de realização. Ia nas calmas..sem pressas. Conhecer esta “varandinha” da Europa. Conhecer todas as aldeias históricas, conhecer algumas das tradições das aldeias deste país, conhecer os seus costumes, conhecer serras, rios (não digo mares..porque apenas somos banhados por um ;p), matas nacionais, reservas naturais, explorar o máximo que pudesse!
Mas é claro, isto não passa de um mero sonho, pois quem não iria achar graça nenhuma a isto...eram os meus pais. Mandavam-me logo dar uma curva. Diziam era para eu ter juízinho, e pensar masé na minha vida futura. Pensar em acabar o curso, arranjar um trabalho, etc etc etc. Pr’além de que...nem sequer iriam financiar esta estúpida ideia -.-‘.
Mas é claro que...esta viagem também só poderia ser realizada com a ajuda do meu bem mais precioso. O meu querido iPod.
Foto: Serra do Açor

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