domingo, 21 de setembro de 2008

Viagem ao passado

Terça chego tarde e a más horas a casa.
Tive outro dia em cheio. Chego a casa e como apenas uma sopa devido ao cansaço de mastigar. Uma sopa de marisco.
Acabo, levanto a mesa e vou para o sofá. Deito-me e ponho os phones nos ouvidos.
Começo a sonhar. Começo a sonhar acordado. Começo a sonhar que estou a voar sobre uma batalha épica. Uma batalha com muita batatada pelo meio. Uma batalha no médio oriente e outra no oriente. Uma no ocidente e outro nos confins da terra.
Vejo sangue e muitas cabeças pelo ar. Uma evolução tremenda desde espadachins à samurai até ao mais sofisticado arsenal americano.
De repente o cenário muda por completo e parece que sou transportado para uma grande cidade norte americana. Cheia de arranha-céus, movimento infernal, formigas de um lado para o outro. Observo sem dar conta o dia-à-dia das pessoas. Os seus passos, os seus costumes, os seus locais da noite, os seus locais de emprego. Tudo. Observo tudo como se o Mundo fosse uma daquelas bolas em que quando se viram lançam umas coisinhas brancas a imitar a neve. Sim. Era um globo desses. Pequeno. Muito pequeno.
Contínuo a voar...
De repente dou por mim a sobrevoar um vulcão extinto. Abre-se uma frincha à minha passagem e entro. Entro por lá dentro como se fosse um conquistador dos mares. Desco, desco e desco. Desco quilómetros e quilómetros até ao centro da Terra. Tenho uma das imagens mais belas e assustadoras da minha vida. Uma imagem arrepiante passa à minha frente. Vejo num rodopiar à furacão toda a evolução da Terra num turbilhão de imagens. Desde a dita explosão do “Big Bang” até ao desaparecimento dos dinossauros com o maior cometa de todos a colidir contra a Terra dizimando por completo esta raça, até à evolução terrestre nos dias de hoje. Os costumes dos nossos antepassados até à geração dos dias de hoje.
Olho para o lado e vejo espécies animais e vegetais que se extinguiram à milhares de anos com um céu num tom avermelhado como se ele estivesse a arder.
Acordo e dou por mim de olhos fechados. Não sei ao certo quanto tempo tive assim. Mas a imagem foi absolutamente bela.


La Banlieu - Beirut

Sem comentários: