Começaram as vindimas. E quem diz "começaram as vindimas", significa que se acabou a boa vidinha. Agora é trabalho para a frente e para trás.
Devo-vos dizer que esta foi uma semana muito movimentado. Sempre a andar de um lado para o outro, mudando cada dia da semana de sítio.
Segunda feira, cheguei a Viseu às 7h50, regressando logo de imediato ao Norte. Tive que vir a Ponte de Lima à Quinta do Ameal ver como estavam as coisas na vinha e recolher umas amostras para análise. Uma Quinta que já está a recorrer à produção biológica. Toda a Quinta está integrada em produção biológica. E quando digo "toda", digo todo o tipo de culturas que possuem (árvores de fruto, vinha, "hortas"...). Devo dizer que para já ainda não compensa mudar para regime biológico, visto que maior parte dos produtos para este tipo de produção ainda não estão homologados em Portugal. E isto quer dizer que....sem químicos nada feito. É ataque de pregas que destroem a vinha. E se não são as pragas, é o ataque de podridão aos cachos. Ou seja...colheita e volume nada. Depois de passar toda a manhã na Quinta do Ameal, segui para o Fundão e ao fim do dia cheguei ao laboratório para analisar tudo o que foi recolhido. É caso para dizer que cheguei ao fim do dia já não me aguentava em pé. Fui dormir cedo.
Na Terça feira e Quarta fui convocado para o ínicio das vindimas na Casa de Saima em Sangalhos. É uma empresa com um bom ambiente, quase ao estilo caseiro. Nada de "produções em massa" embora faça um dos melhores vinhos espumante da região (Bairrada). Já se fartou de ganhar prémios como melhor vinho de 2004, 2006 e mais não sei quê da revista "Vinhos". Terça fui dormir a Coimbra. Era para sair com uns amigos de lá mas estava tão cansado nesse dia que decidi ficar por casa.
Na Quarta começei o dia bem cedinho e acabando as 21h. Fui dormir a Tábua. Estava tão igualmente estoirado, que fiz todo o caminho, Sangalhos - Tábua, em "piloto automático". Apenas olhava para o carro da frente para ver quando é que ele acendia a luz do travão.
Cheguei a casa por volta das 22h15 e fui jantar. Por incrível que pareça, perdi o sono. Fiquei a ver "Sem Rasto" na RTP2 e fui para a cama. Levei o rádio para o meu quarto e liguei-o na onda média e apanho uma estação estrangeira que aos poucos me traz o sono para perto de mim.
Quinta fui para Viseu. Tinha trabalho por lá para fazer e a meio da tarde (17h) fui para Coimbra. Sexta tinha que estar novamente em Sangalhos. Cheguei a Coimbra por volta das 18h15. Deixei as coisas em casa e fui lanchar com uns amigos. Pusemos toda a conversa em dia. À saída, combinamos todos em ir ao cinema. Estupidez minha disse que sim. Estupidez porque a sessão era à meia noite e para além de estar completamente estoiradinho, no dia seguinte dia seguinte tinha que estar às 8h30 na empresa. Enfim...
A caminho de Coimbra ouvi uma música dos Fire Inc. Uma música já vossa conhecida. Ouvi-a em loop até ao final da minha viagem. Até pareceu que fiz a viagem mais rápida.
Sexta, 8h25 estava a chegar a Sangalhos. Foi um dia tranquilo. Sem grandes movimentações. Fiz o trabalho que tinha a fazer. Passar a limpo o mosto (separar sumo de uva das borras) branco para uma cuba nova. Fazer as correções que haviam a fazer (pH, acidez, Sulfuroso, nutrientes) e por fim inocular as leveduras. Eram 17h e qualquer coisa estava a regressar ao Porto. Parece que nos próximos é que já não venho mesmo cá ao Norte...
...vou aproveitar para ter um encontro secreto... com o meu imaginário..
sábado, 13 de setembro de 2008
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