segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Franz Ferdinand - Lobster Quadrille


Fantástico!! Os Franz Ferdinand vão fazer parte da banda sonora do mais recente filme do Burton - " Alice in Wonderland".



Lago Escondido


"The Golden Archipelago", é o nome do novo disco dos texanos Shearwater. Se o cd for tão bom como este tema "Hidden Lake", candidata-se a ganhar um lugar de destaque na minha Caixinha de Pandora.



domingo, 21 de fevereiro de 2010

Festival para Gente Sentada

É oficial. Depois de uns valentes anos a ir este festival de música em Santa Maria da Feira, eis que fiquei colado ao chão, e sem qualquer reacção a olhar para o ecrão do telemóvel. A mensagem dizia "João, Festival para Gente Sentada está esgotado." ESTÁ ESGOTADO!!!!??? Como é isto possível!?
Ao mesmo tempo deixa-me contente!! É sinal que o público está a ficar mais afinado e exigente para a boa música.
Pode ser que assim se comece a deixa de ouvir aquele lixo músical das Nova Eras e Cidades fm.
Mas tenho pena em não ir.
Ainda por cima queria mesmo ir ver uma banda que gosto muito e que roda em loop na minha caixinha de Pandora (iPod)!! Camera Obscura!




Camera Obscura - French Navy

Camera Obscura - I don´t want to see you

Orantos

Ontem fui até ao Contagiarte.
Com o objectivo de ver uns pézinhos de dança de LindyHop (e na esperança de perder alguma vergonha neste tipo de dança), acabei por ir parar ao último piso. Música do costume. Rock. Aqueles hits que nunca se esquecem e que nos rodeiam diaramente. Aqueles que toda a gente canta sem o mínimo de complexos. Eis que a meio da noite toca uma faixa que não ouvia há anos, e que me fez recordar o secundário. Os meus Ornatos tocaram e rodaram para mim de uma forma diferente.

Tocaram só para mim!!


Orantos Violeta - Chaga

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cromos!!!

E quando eu pensava que isto já não se fazia entre os miúdos de hoje, eis que vejo um rapazinho hoje de manhã no quiosque acima da minha rua, com um amigo a comprar uma série de cromos. Sim cromos. Aquelas coisas que se compravam e se colavam numa caderneta.
Depois do rapazinho ter dado o dinheiro, abriu o pacote e pôs-se a ver os cromos...

- "ei..." - vira-se o amigo - "não tenho esse!! Não queres trocar?"
- "Não!! Vai-te lixar..isso querias tu! Falta-me este!" - disse o rapazinho

Foi giro ver isto. Fez-me lembrar quando também fazia colecções de cadernetas de tudo e mais alguma coisa. Era do Jurassic Parque, dos Power Rangers, de uns carros do futuro, de futebol, era de não sei quê...

Banda sonora logo de manhãzinha..."Nothing...Oh...sweet nothing.."

3ª aula concluída

Depois deste longo e díficil capítulo, a 3ª aula está dada por terminada.
Este "capítulo" é de extrema importância para se perceber a história dos vinhos e da região de Bordéus.
É complicado de se perceber eu sei, até porque tem bastante texto, o que torna demasiado cansativo, mas de qualquer modo vale a pena ler, sempre se aprende alguma história da cidade berço da enologia.

A 4ª aula - Os Mercadores de Veneza - será já num período mais avançado na história, em que trata quando apareceram as "grandes cidades" mercantis, no que toca ao transporte marítimo de matérias primas.

Aula 3 – Inglaterra e a Gasconha: O Parto do Palhete

Bordéus em tempos sofreu grandes invasões por parte de tropas oriundas de outros povos e países.
Foram os Godos em 406, os Vândalos em 408 e os Visigodos, que vieram para ficar em 414.
No séc. VII, as coisas em Bordéus complicaram-se com a vinda de uma outra tribo, oriunda de Espanha. Vindos da zona montanhosa onde nasce o rio Ebro (o maior de Espanha), chegaram os Gascões. Os Gascões eram quase considerados uns bárbaros, visto que se tratavam de um povo temivelmente violento, e com uma vontade enorme de chacinar tudo o que se encontrava em seu redor.
Mas o seu domínio terminou rápido com a vinda de uma outra “tribo”, também oriunda de Espanha. Os Sarracenses. O duque da Gasconha, Eudes, foi morto durante a defesa de Bordéus antes dos Muçulmanos serem decisivamente derrotados na batalha de Poitiers.
Em 763, foi a vez dos Francos, por parte da ameaça das tropas chefiadas por Pepino “o Breve”, que conseguiram conquistar Bordéus.
Por fim, quase 100 anos depois, chegou o povo mais temido de sempre. O povo mais bárbaro à face da história. Os Vikings, que saqueavam e incendiavam tudo à sua passagem.
Por causa de todas estas guerras, fez-se um silêncio absoluto de quase 250 anos em relação à produção de vinho.
Em 1130, houve em Roma um ensaio geral da contenda, que iria levar ao cisma papal, em Avignon. Foram eleitos dois rivais. O Duque Guilherme e o seu designado, o arcebispo de Bordéus, que apoiaram o lado perdedor.
Este faleceu pouco tempo de depois (Duque Guilherme), deixando a sua filha ao cargo do rei de França, Luis VI.
Aliénor, filha do Duque, tinha apenas 17 anos e era uma jovem muita decidida, com uma personalidade forte e correcta.
O rei Luis VI, enviou o seu filho de apenas 16 anos para Bordéus com mais de 500 soldados, em busca da sua noiva (Aliénor).
Casaram-se em 1137, tiveram dois filhos e divorciaram-se 15 anos depois.
Em 1151, Henrique Plantageneta, filho do Duque da Normandia chega a Paris. Aliénor comparou o jovem Henrique ao piedoso e fraco marido.
Aliénor desposou assim Henrique Plantageneta (10 anos mais novo), em que dois anos mais tarde, em 1154, se tornou rei de Inglaterra, tornando-se assim Henrique II e ela, rainha Eleanor. Estava então feita a ligação perfeita. Neste momento, Eleanor tinha 29 e Henrique II tinha apenas 18 anos.
Mas nem tudo correu como Eleanor estava à espera. Deu à luz oito filhos - sobrevivendo quatro rapazes e três raparigas - mas os problemas vieram depois, quando Henrique II decidiu dividir o seu reino pelos seus filhos.
Coroou Henrique, o filhos mais velho rei de Inglaterra e o segundo, Ricardo, Duque da Aquitânia e Geoffrey. O terceiro desposou a herdeira do Duque da Bretanha. O quarto, João ficou conhecido por, João “sem Terra”.
Eleanor decidiu conspirar contra o marido, para reconquistar o poder, ou pelo menos o seu ducado com a ajuda dos seus filhos, mas não correu nada bem. Henrique II descobriu a conspiração e mandou prender Eleanor até à morte do rei, que viria a ser em 1189, e perdoando os seus filhos.
O jovem Henrique entretanto também morre, ficando Ricardo, o favorito da mãe, que herdou a Inglaterra e a Aquitânia. Libertou-a e restituiu-lhe o seu ducado em França.
Foi Ricardo que fez do vinho de Bordéus o vinho da casa real.
Entretanto, Ricardo também morre, e quem fica a tomar conta da Inglaterra é João “sem Terra”, que deu a primeira igualdade de oportunidades, aos negociantes de Bordéus no mercado inglês.
Era díficil exagerar a importância que a calendarização desempenhava em relação aos vinhos de Cahors e Bordéus. É que o vinho de Bordéus que era vendido – embora fosse mais frutados, possivelmente mais fortes e provavelmente mais agradáveis e satisfatórios que os vinhos brancos produzidos no Norte – aguentavam-se tanto como eles. Era preciso esperar que no período de um ano, no máximo, azedasse; e que atingisse assim o seu melhor, poucos meses depois da vindima. Vinho que já tivesse um ano, veria o preço reduzido a metade, assim que o vinho da nova colheita fosse posta à venda. Em muitos casos, os vinhos eram deitados “borda fora”.
Quando Bordéus se tornou francesa novamente, era tolerado para evitar recaídas sediciosas dos que pensavam que faziam melhor negócio sob o domínio do rei Inglês.
Não que Bordéus se tivesse tornado o único fornecedor de vinhos de Inglaterra. Ainda havia mercado para os vinhos de Anjou, que eram relativamente doces e modernos, e para os de Reno, sempre de gosto popular. Os vinhos da Borgonha, que tinham começado a florescerem ao mesmo tempo que os de Bordéus, quase não chegavam a Inglaterra.
Nos finais do séc. XIII, três, das quatro remessas de vinhos destinados à casa real que partiam de Bordéus – e por real, entenda-se não só a mesa do rei, mas sim os seus servidores, as suas dádivas e favores e também para todo o seu exercito. Em 1282 Eduardo I encomendou 600 pipas destinadas à campanha contra os Galeses.
Até aqui as terras de Bordéus eram desaproveitadas, até que certo dia ganharam um súbito valor. O rei João e os seus sucessores: Henrique III e Eduardo I, todos eles venderam, arrendaram ou concederam terras de plantio e para a construção, neste período de expansão que varreu a região.
Em 1308, anotações feitas, mostra que em Libourne foram exportadas quase 11000 pipas de vinha. Cerca de 97000hl. O maior volume deve ter sido produzido em Bergerac. Mas esta quantidade não era senão uma sexta parte do total que toda a Gasconha exportou naquele ano. Os outros cincos sextos passaram por Bordéus.
Hoje em dia, a mesma área produz quase 3x mais, mas foi apenas depois da II Guerra Mundial, que foi atingido este número máximo.
Embora Bordéus fosse a capital dos vinhos de França, nem sempre estavam apetrechados com o melhor equipamento, como é o caso do número reduzido de prensas existentes nesta altura, nesta mesma região.
Bordéus tratava-se de uma região de pequenos produtores e sem domínios senhoriais, ou sem grandes mosteiros que estivessem apetrechados com prensas de vinhos.
Visto que quem governava Bordéus nesta altura eram os ingleses, o vinho produzido era o “palhete”. Vinho de cor tinta clara (à qual nós chamamos nos dias de hoje Rosé). Este era o melhor que Bordéus podia oferecer, ou pelo menos agradava mais ao gosto dos ingleses, e que claro está, o mais importante, que se aguentava na viagem marítima.
O vinho “palhete”, era também chamado por “vin d’une nuit”, porque o sumo da uva passava uma noite em contacto com as massas do vinho tinto. Hoje em dia chama-se a esta operação, Maceração.
A Guerra dos Cem anos terminou em 1453.
Anteriormente, em 1435, o Duque Filipe “o Bom”, trocou de aliados e os ingleses, cujo rei Henrique VI tinha apenas 13 anos, tiveram que se pôr na defensiva. Os seus cortesãos – que actuavam como regentes – estavam sempre metidos em querelas sangrentas e os negócios de Estado encontravam-se numa situação deplorável, como raras vezes se sucedeu ao longo da História.
Em 1438, os franceses entram pela Gasconha e devastaram-lhes as vinhas, e que de seguida se seguiu um período de tréguas. O objectivo era sim expulsar os ingleses e não destruir um bem tão precioso.
Nesta altura, Bordéus estava na mó de cima, tendo todos os privilégios possíveis no que tocava ao vinho, e Luis XVI, o ministro, inventou uma série de regras referentes ao transporte e comercialização dos vinhos:
Languedoc, Périgord, Angen e Quercy; todas as províncias ligadas pela numerosa rede de rios que se vão juntando às portas de Bordéus, não só não podem vender os vinhos que produzem aos habitantes de Bordéus que queiram comprá-los. Não podem utilizar livremente o curso do rio – dádiva da natureza – para o seu comércio externo.
Os vinhos de Languedoc não podem circular pelo rio Garonne antes do dia de S. Martinho; não podem ser vendidos em Bordéus antes do dia 1 de Dezembro. E os do Périgord, Agen, Quercy e de toda a bacia superior do Garonne só podem entrar em Bordéus depois do Natal.
Assim sendo, os produtores de Bordéus encontravam-se livres da concorrência das outras regiões, podendo assim venderem os seus vinhos a preços mais altos. A este termo era aplicado um nome: “Police du Vin”.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

2ª aula concluída

A segunda aula está concluída. Espero que tenham gostado deste pedacinho de história.
Amanhã não sei se consigo postar a terceira aula porque tenho que estudar para uma frequência que tenho na quarta. De qualquer modo vou fazer todos os possíveis.

A aula 3, vai ser sobre a Inglaterra e Gasconha. Aqui sim, houve muitas alterações a níveis de poder e de invasões.

Aula 2 - Mosteiros e Prensas

Durante 500 anos, os monges negros Beneditinos foram a grande ordem Religiosa: Ocuparam uma posição segura e esplêndida no esquema das coisas e cresceram com força, mas talvez com pouco espaço para respirar. A sua maior abadia era a de Cluney. Maior ainda que a Casa-Mãe em Monte Cassimo, nos montes situados junto a Macôn, perto do coração da Borgonha.

Um dia, em 1112, no mesmo vale do Sâone, um zelota muito jovem chamado Bernard de Fontaine levantou a parada. Apenas com 21 anos de idade, à frente de um grupo de 30 jovens, este deu entrada num novo e pequeno Mosteiro de Cister, situado a norte de Beaune, fundado por Robert Molesnes.
Nesta ordem, havia uma regra explícita e que tinha que ser sempre cumprida. Sempre que cada mosteiro chegasse aos 60 monges, 12 tinham que partir e fundar um novo mosteiro.
Num espaço de três anos, Bernard já tinha fundado quatro mosteiros, sendo o mais importante, o de Clairvaux, no limite da região de Champagne, onde Bernard foi nomeado “abade”.
Cister era contra as regras de Cluney. Cluney apenas era uma pequena quinta existente numa floresta, que tinha apenas uma capelinha, mas que praticava e cultivava um forte sentido de dever.
Pouco tempo depois, Bernard lançou um ataque violento contra o luxo de Cluney, em que o rei, D. Luís VI não demorou em secundar.
Em 1110, os vinhos da Borgonha encontravam-se num período de estagnação. Ficavam fora da zona que estavam na “moda”, no Norte de França; e não dispunham senão de um local de mercado local. Nada se sabia acerca do seu potencial. Mas os monges Beneditinos, agora já brancos, viram nas vinhas do Cote, um desafio divino. A oferta de Deus.

Então, os monges de Cister meteram mãos à obra e recuperaram todas as vinhas desprezadas, ou plantar novas vinhas. Estudavam quais as plantas que se deveriam utilizar, faziam experiências com podas, cortando-as ou enxertando-as; ou então pondo muito zelo no fabrico do vinho e acima de tudo, proceder às provas.
O maior contributo que os monges de Cister deram para o vinho, foi o conceito que hoje é muito conhecido, “Cru”, que é a secção homogénea de uma vinha, cujos vinhos demonstram identidade de qualidade e sabor.
Os monges tiveram a sorte de encontrar este tipo de terreno, já que não é nada fácil encontrar solos deste género na França. A Cote d’Or, encontra-se numa falha geológica, em que houve um deslizamento vertical numa centena de metros. Com esta falha, fez com que se formassem diferentes camadas de terra, devido à erosão e à mistura de rochas com idades muito diferentes. Isto cria um cocktail fabuloso de solos e sub-solos, de acordo com a inclinação.

A Igreja teve um enorme sucesso nas vinhas de Cote d’Or e tinham repercussões interessantes, sendo uma delas a inveja que o Duque Hugh IV de Borgonha tinha. Irritava-se apenas pelo facto dos Beneditinos andarem a beber vinho e que enriqueciam à custa da nobreza.
Não se sabe ao certo quantos hectares possuía Cister no tempo do seu apogeu, mas a sua riqueza começou a entrar em declínio no séc. XV, quando foi secularizada durante a revolução francesa. Encontravam-se então aí 12500ha disponíveis.
Numa altura em que tudo corria bem para a Borgonha, o rei de França, João II “o Genial”, foi capturado pelo príncipe de Gales, o temível Príncipe Negro, na famosa segunda batalha de Poitiers.
João II, deixou assim o seu filho, Filipe de Valois a governar Borgonha em 1363, com apenas 14 anos.

Mais tarde este casou-se com a herdeira da Flandres. A Flandres, que era um ponto importantíssimo para as trocas marítimas devido há existência do melhor porto marítimo da altura em Bruges.
Com este “acordo”, foi o século de glória para a Borgonha e por uns tempos, os vinhos de Beaune foram os mais famosos do Mundo.

Como seria de esperar, Filipe “o Ousado”, aproveitou a situação para vender melhor os seus vinhos. Visto que não possuía meios de transportes fluviais para o norte, o custo da pipa aumentou significativamente.
Mas Filipe parecia que já tinha nascido para este tipo de negócios. Num encontro em Bruges com o Papa e representantes de Inglaterra, Filipe deu quantidades ilimitadas dos seus melhores vinhos brancos, dando apenas um cheirinho do que eram os seus vinhos tintos de Beaune. Fez valer o seu ponto de vista – e ao fim de séculos, em que a preferência recaía nos vinhos brancos, os vinhos tintos de Beaune tornaram-se numa grande moda da época.
Até aqui, pouco se falavam das castas existentes. Mas eis que apareceu uma casta denominada por “Noirien”. O nome talvez venha da cor negra que dava.
Em 1375, surge o nome Pineau pela primeira vez. Talvez Filipe tenha dado este nome pela aparência do cacho – pequeno e bem apertado.
Nesta mesma altura, apareceu uma outra casta. A Gamay.
Ao contrário da Pineau, esta dava vinhos maus, mas com grandes produções. O que fazia com os produtores ficassem contentes, porque assim tinham um maior volume de vinho. O problema, era que esta casta dava vinhos de má qualidade.
Esta casta caiu que nem ginga na aldeia de Gamay, e os produtores diziam que era Deus a pedir desculpa pela peste negra que tinha atingido em grande a França, nos anos de 1348 e 1360 (ano em que houve muitas mortes e a produção de vinho caiu devido à falta de pessoal para trabalhar).
Mas Filipe não gostou da casta e ordenou arrancá-la imediatamente, porque ia denegrir a imagem dos vinhos de Beaune. Claro está que a população não gostou nada da ideia e muitos dos investidores foram à falência devido à quebra da produção das videiras.

Nos séc. XII e XIII, apareceu uma outra região. Eberbach. Aqui existia um mosteiro que foi o maior produtor de vinho.
Nesta região, a casta plantada era o Riesling, devido a todas as encostas serem inclinadas e descobriram que Rheingau tinha sido feito para criarem vinhos brancos. Os monges da Borgonha nem queriam acreditar quando viram na qualidade excepcional destes vinhos, capazes de fazerem frente aos seus vinhos tintos e brancos.
Hoje em dia, com ou sem Riesling, Eberbach é o padrão de referência para os vinhos da região.



domingo, 7 de fevereiro de 2010

1ª aula concluída

De um modo muito reduzido, e vai ser sempre assim para não vos cansar, a primeira lição está dada.
Amanhã escrevo a aula 2, que vai ser sobre Mosteiros e Prensas.

Aula 1 - O Vinho na Idade Média

Na Idade Média, já se pensava em grande em relação ao processo de fabrico dos vinhos, tendo também um grande cuidado em relação ao tratamento e acompanhamento da vinha, devido à chegada de doenças fatais como a moléstia, que nunca antes tinham sido vistos.

Por esta altura já se fazia a prática corrente de pisar as uvas, sendo que estas em vez de serem feitas em lagares de pedra, eram feitas em dornas de madeira ou em vasilhas de pouca profundidade.
Tendo sido a França a grande pioneira no que toca à produção de vinhos, é de admirar que já não se encontrem lagares de pedra, como podemos ver aqui em Portugal.

Após a colheita e a pisa, as uvas eram prensadas (aparelho que serve para prensar as uvas, retirando assim um maior volume de sumo da uva existente nos bagos). Prensas essas, demasiado caras para “um bolso normal”, sendo que apenas se poderiam observar estes equipamentos em Mosteiros pertencentes à igreja ou à nobreza.
Eram equipamentos que requeriam grandes investimentos de capital, sujeitos a problemas e a defeitos com os troncos das árvores mais altas da floresta das vizinhanças.

Já na Idade Média se pensava numa operação importantíssima para a produção de bons vinhos. Os lotes.
Os lotes servem para juntar vinhos de boa qualidade, ou quando se tem por exemplo um vinho bom, mas que falta alguma coisa. Então, junta-se esse vinho com outro vinho produzido. Os lotes são uma operação importantíssima para se fazerem vinhos equilibrados.
Já separavam também os vinhos gota (vinhos sem serem prensados) dos vinhos de prensa; e que estes vinhos de prensa não eram juntos aos vinhos de gota, devido a estes se tratarem de vinhos mais taninosos e agressivos, de modo que estes vinhos eram vendidos mais baratos, visto que na altura ainda não se tinha encontrado uma solução de “proteger” o vinho, aguentando assim menos tempo dentro das barricas. Mal o vinho estivesse pronto era logo enviado para o mercado para que os produtores não corressem o risco do vinho azedar e com isso perder dinheiro.

Foi em 1487, na Alemanha que se utilizou pela primeira vez legalmente o Enxofre no vinho (produto utilizado para proteger o vinho contra reacções de oxidação e proteger contra determinados microrganismos).
A quantidade utilizada era reduzida. Apenas 16.6g/860L. Eram aplicadas em aparas embebidas numa mistura de pó de enxofre, ervas aromáticas e incenso, que depois eram queimadas no interior da barrica vazia antes de encher.
A primeira licença na Alemanha estipulava apenas os 18,8mg/L, uma quantidade extremamente pequena relativamente ao que se adiciona hoje, 250mg/L.
Este número era tão improvavelmente baixo, que se suspeitava que tivesse sido engano no registo por escrito, ou então pela sua interpretação.

Os franceses apenas começaram a adicionar dióxido de enxofre no séc. XVIII. A partir daqui foi sempre utilizado, e por vezes em excesso.
Segundo um cidadão bolonhês, que editou uma obra em 1303, Petrus Crescentiis, já tinha ideias bem definidas sobre qual o vinho ideal. Não deveriam ser novos (um ano de idade), nem deveriam ser velhos, o que nos leva a concluir que o tipo de vinho ideal, era aquele que tivesse dois a três anos de idade.


Já Eiximenis, tinha a ideia sobre as qualidades ideais para um vinho, e é tão justo como rigoroso. Deve ser puro, fresco, forte, oloroso, com fragrâncias, bolhas e efervescente. Não deve ser fraco, insípido, untuoso, a saber a fumo e a ferro, nem deve ser susceptíveis a mutações, amargo, esverdeado como o mel e não ter o sabor à vasilha.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

I Wish It Was Christmas Today

Alguns meses depois do natal, sabe sempre bem ouvir uma música destas fora do tempo!!
A caixinha de pandora estava em modo shuffle e eis que me toca este belíssimo tema de Julian Casablanca. "I wish it was Christmas Today"!!
Sentir o friozinho outra vez! O chocolate quente do Portinho! As ruas iluminadas! O cheirinho das castanhas assadas nos carrinhos ambulantes! A músiquinha de natal sempre que entrava numa loja! hmm....
Espero que gostem!! Especialmente nesta época :P

Golden Silver - Golden Touch

E aqui estão os meus Golden Silvers, algures em Londres, numa versão bem mais calminha.

Ínico de uma nova história

E se eu agora vos começasse a falar um pouquito de história!! Não. Não é a História "normal". É a História do vinho! A história de como surgiu e o que aconteceu em torno deste maravilhoso mundo. Guerras e desavenças. Trocas de reinos e tronos. Reis e rainhas...filhos pr'aqui e pr'ali!!!
Será que vocês ainda continuam a ter coragem de aqui pôr os pés!?

Então preparem-se, que apartir de amanhã (acho eu) já começam a ter aqui uma liçãozinha ;)

Just Found Jazz

E pronto. A minha mana também decidiu entrar no Mundo perdido da blogosfera. Para quem não sabe, a minha mana é uma cantora exímia e entrou recentemente para o canto jazz, depois de ter deixado o tão custoso (para os meus ouvidos) Canto lírico. Aqui, a Cantora, tem como objectivo publicar as músicas que vai aprendendo todas as semanas. É um blog interessante para quem gosta de jazz :)

http://justfoundjazz.blogspot.com